3 coisas que você precisa saber sobre o Útero de Substituição

Saúde

O procedimento foi destacado na novela Amor de Mãe, da TV Globo, depois que a personagem de Adriana Esteves se ofereceu para emprestar o útero à nora que não pode engravidar

O útero de substituição é a técnica mais consagrada de TRATAMENTO PARA CASAIS INFÉRTEIS. O especialista em Reprodução Humana, Alfonso Massaguer, diretor da Clínica Mae, esclarece agora as principais dúvidas sobre esse procedimento.
 
Conheça o tratamento
O útero de substituição, também conhecido como barriga de aluguel, é um tratamento indicado em reprodução humana para as mulheres que foram submetidas à histerectomia (que é a retirada do útero), para aquelas mulheres que nasceram com malformação uterina (útero infantil, útero rudimentar ou ausência congênita de útero) incompatível com gestação e/ou mulheres que apresentem alguma condição que as impeça da evolução de uma gravidez.
 
Como funciona?
No tratamento de barriga de aluguel (útero de substituição), o casal será submetido a um tratamento de fertilização in vitro. Desta forma, após a fertilização e evolução dos embriões in vitro, estes serão transferidos para o útero da doadora temporária de útero.
 
Enquanto ocorre a ovulação da paciente que precisa do útero de substituição, a doadora temporária do útero estará preparando o endométrio (camada interna do útero) para receber os embriões.
 
São medicações normalmente por via oral, sem grandes repercussões clínicas.
 
Pontos importantes
No Brasil, o útero de substituição, popularmente conhecido como barriga de aluguel, não pode ter fins comerciais, ou seja, não se pode pagar para que uma pessoa tenha uma gestação para uma outra. Assim, o termo barriga de aluguel não é muito apropriado.
 
Por determinação do Conselho Federal de Medicina, as doadoras temporárias do útero devem pertencer à família de um dos parceiros do casal que precisa do útero de substituição num parentesco consanguíneo até o quarto grau (primeiro grau – mãe; segundo grau – irmã/avó; terceiro grau – tia; quarto grau – prima).
 
QUANDO não há uma parente que possa gestar, é permitido realizar o útero de substituição em mulher que não seja da família após liberação do conselho de medicina, prática comum atualmente.
 
É COMUM CONFUNDIR O ÚTERO DE SUBSTITUIÇÃO COM A NECESSIDADE DE ÓVULOS DOADOS. Nesta situação, os óvulos de uma mulher são doados para a outra, que não possui óvulos com boa qualidade. Muitas mulheres imaginam que necessitam de um outro útero, mas a necessidade óvulos doados é muito maior.
 
Alfonso Massaguer é ginecologista e especialista em reprodução humana
CRM: 97335
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