Peeling: 7 dúvidas sobre o tratamento queridinho do inverno

Vida Saudável

Nessa época mais fria do ano, os peelings entram em ação como uma excelente opção de tratamento para tratar manchas, marcas mais profundas e até cicatrizes. O procedimento também é muito indicado para fechar os poros e para preparar a pele para receber procedimentos mais agressivos, como o bronzeamento, por exemplo. A técnica remove as camadas mais superficiais da pele, seja com uso de produto químico, físico ou por meio de laser, e provoca a destruição controlada de parte ou de toda a epiderme, esfoliando e removendo marcas, dando início a uma nova formação de tecido dérmico e epidérmico, quando a pele se reestrutura e se renova, estimulando a produção de colágeno, principal substância que dá firmeza à pele.
 
Segundo a dermatologista Dr.ª Valéria Campos “o peeling é realizado com a intenção de promover a descamação e a posterior renovação celular. As intensidades são diferentes e vão variar de acordo com o resultado que o paciente deseja alcançar e a profundidade da pele que será atingida para aquele tratamento em específico”. Neste sentido, os peelings são indicados como opção para tratamentos de rejuvenescimento, manchas de pele, cicatrizes de acne, melhorar a aparência, entre outros. Como as reações pós tratamento podem ser um pouco desconfortáveis, a especialista lista abaixo as principais dúvidas sobre o assunto:
 
– Peeling e Inverno: o fato de estarmos menos expostos ao Sol é o grande motivo de o procedimento ser mais indicado no inverno. A época é mais propícia e eleva o nível de segurança do tratamento. Além disso a recuperação também é mais confortável.
 
– Tipos de Peeling e qual escolher: São dois tipos principais, que se diferenciam pelos mecanismos de ação de cada um deles e a profundidade de alcance. Os químicos são feitos com a aplicação de ácidos isolados ou combinados e existem também os físicos, quando os processos de retirada de células mortas é feito mecanicamente, sem depender de reações químicas. “O peeling de cristal, por exemplo, apesar de não ser novo, ainda é bastante procurado. Ele promove uma microdermoabrasão na pele, valendo-se de cristais muito finos de hidróxido de alumínio, reduzindo poros, renovando as células mortas e estimulando a produção de colágeno.
 
– Frequência do tratamento: a frequência vai depender de uma avaliação do paciente junto ao médico, mas quando o procedimento for superficial pode ser feito com intervalos de 15 dias, ou uma vez por mês. Já os mais profundos podem ser feitos a cada seis meses.
 
– Contraindicações: A única contraindicação é se o paciente tiver alergia aos ácidos da formulação ou a algum componente químico. Também não é indicado no caso de feridas na pele e em pessoas com herpes ou rosácea.
 
– Grávidas: Os peelings que não são à base de ácidos e substâncias químicas podem ser realizados em gestantes sem causar danos ao bebê. Na gestação o mais recomendado é o peeling de cristal, isso porque o procedimento é uma microdermoabrasão com grãos de cristais que esfoliam a pele, não é muito agressivo e nem possui ácido em sua composição.
 
– Idade: Não existe idade ideal, vai depender da indicação clínica. Adolescentes que sofrem com acne podem optar pelo peeling, assim como adultos para prevenir o envelhecimento e em pessoas mais maduras para auxiliar na renovação da pele.
 
Reações: Logo após o procedimento pode ocorrer descamação, vermelhidão e aspecto de pele áspera, mas é só borrifar água termal gelada no local várias vezes ao dia para acalmar a pele, assim como usar hidratantes adequados à base de ativos calmantes que também podem auxiliar nessa etapa pós-peeling.
 
Precauções: É recomendado o uso de protetor solar para proteger a pele, não pegar sol no local e evitar puxar as camadas da pele que vão saindo, assim o efeito é ótimo e evita o aparecimento de manchas.
 
 
 
Dr.ª Valéria Campos é Dermatologista.
Redes Sociais:
Facebook: @DraValeriaBCampos
Instagram: @dravaleriacampos